Sermão proferido em 7 de Junho 1995.
Comprei há poucos dias o Comentário ao Livro de Êxodo, escrito pelo Dr. Antonio Neves de Mesquita (1888-1979). Esse comentário vem acompanhado de um mapa descritivo das viagens levadas a feito pelos israelitas através do deserto. Mais ou menos no meio do caminho, aparece o título dessa mensagem como ponto de referência a um lugar Quibrote-Hataavá ou Sepulcro da Concupiscência. Meditemos na mensagem que tal experiência nos pode revelar.
Este título de tão triste memória foi escolhido pelos próprios israelitas para perpetuar a memória de uma tragédia. Muitos morreram no dia do desejo da concupiscência da ansiedade por algo que não lhes traria a maior felicidade. O salmista nos informa que a mortandade foi de príncipes e líderes do povo (Salmo 78.31), dando a impressão que as queixas, revoltas, falta de fé, estavam em mais intensidade nos que ocupavam posição de proeminência entre o povo. O capítulo seguinte mostra que alguns dos mais íntimos de Moisés haveriam, ainda, de se revoltar.
I – PENSEMOS EM PRIMEIRO LUGAR QUE TAIS HOMENS HAVIAM PROVADO ESTRANHO LIVRAMENTO DA PARTE DE DEUS
1. Haviam sofrido de terrível escravidão. Eram fiscalizados em seu trabalho. Eram afligidos no seu serviço. Eram tratados com desprezo (Êxodo 1.9-14).
2. Haviam presenciado muitos milagres e provas do poder de Deus - diante dos magos, Moisés fizera prodígios. E aquele povo sabia que tais prodígios eram pelo dedo de Deus.
3. Haviam provado a graça de Deus, por um livramento para um fim glorioso. Por uma provisão para suas necessidades físicas no deserto. Pela elevação de um homem de caráter.
4. Haviam provado a diferença entre o viver como escravos e andar como livres - os jornais de ontem falaram de um homem que há 36 anos espera a liberdade. Mas aquele povo sofreu por 400 anos.
II – AQUELES QUE TOMBARAM NO DESERTO ERAM PESSOAS DAS QUAIS DEUS MUITO ESPERAVA
Deus não chamou Abraão para fazer papel de otário. Tampouco livrou Israel para missão.
1. Êxodo 3.12, quando pela primeira vez Deus falou em livrar o povo da escravidão disse: “Adorareis neste monte”.
2. Êxodo 6.7-8: Dar-vos-ei a terra de Canaã.
3. Êxodo 19.5: Sereis propriedade peculiar.
4. Êxodo 19.6: Sereis um reino sacerdotal... Sereis povo santo... A palavra santidade aqui expressa não aparece em Gênesis mas somente a partir do dia quando Deus disse: Tira o sapato de teus pés, pois pisas em terra santa, é a santidade daquele que ama, daquele que sente misericórdia e que, portanto, se guarda para o bem.
5. Mas pensemos mais objetivamente nos motivos que levaram Deus a nos comprar pelo preço de sangue. Que queriam eles? Por que fez o irmão a sua profissão de fé em Cristo? Quais as razões para tamanho sacrifício da parte de Deus? Exatamente as mesmas razões e esperanças que levaram a atuar em relação a Israel.
III – DEUS ESTAVA CUMPRINDO TODAS AS PROMESSAS QUE LHES FIZERA AO TIRÁ-LOS DO EGITO
1. Água não lhes faltava, alimento também não lhes faltava, líder capaz não lhes faltava, nuvens para protegê-los não lhes faltavam.
IV – POR QUE CAIRAM NO DESERTO?
1. Por causa do pecado do desejo, da cobiça, da ambição demasiada, da tentação do material. O pecado começou com a multidão de incircuncisos que saíram também do Egito. Israelitas caíram no triste crime de seguirem os ideais do mundo.
2. Sua fome de carne era tão grande que passaram o dia e a noite a apanhá-los. Era pratico entre os egípcios preparar aquela carne seca, faziam isto a peixes e, provavelmente a carnes.
3. Sua fome de pão foi o desprezo do maná. “Há tantos que hoje desprezam o maná dos cultos, maná das reuniões de oração, as oportunidades que são sepultadas no deserto”.
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